Há um momento de ser criança e
outro de não ser como criança. Jesus certa vez disse: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma
entrará nele”. (Mc.10:15). Por outro lado, Paulo, o apóstolo, escreveu: “Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti
das coisas próprias de menino”. (I Co.13:11)
Então, ser criança ou não ser?
Quem está certo, Jesus ou Paulo? É claro que ambos, pois falaram sob
perspectivas diferentes.
Começando por Paulo, devemos
lembrar que ele estava falando com uma igreja imatura na fé: “Eu, porém irmãos, não vos pude falar como a
espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a
beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo...”.
(I Co.3:1,2). E essa imaturidade espiritual se refletia nas práticas e nos
relacionamentos dos membros da igreja de Corinto, pois, além de questionarem a
autoridade de Paulo, entre eles acontecia uma deturpação na celebração da santa
ceia, havia casos de promiscuidade sexual e brigas feias.
Com respeito a Jesus, ao afirmar
que o reino de Deus deve ser recebido como uma
criança, ele está se referindo à simplicidade, à confiança, à
sinceridade próprias das crianças. Ninguém que seja muito sofisticado, desconfiado
e falso pode entender ou reconhecer a necessidade de ter Deus em primeiro lugar
em sua vida. Nesse sentido é fundamental ser como uma criança. Por isso,
inclusive, Jesus já havia dito, no mesmo texto de Marcos o seguinte: “Deixai vis a mim os pequeninos, não os
embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”. (Mc.10:14)
Portanto, os adultos não devem ser
crianças quanto à maturidade, mas precisam ser crianças quanto à autenticidade.
Que Deus continue abençoando
nossas crianças e que nós saibamos cuidar delas muito bem, de todas elas.
Rev.
Joel Vieira da Silva
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